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Reunião com a comunidade da Lagoa do Jacaré discute próximas ações do projeto

Lagoa do Jacaré com cerca de 50 pessoas da comunidade e a presença da Promotora de Meio Ambiente Várzea Grande, Michelle de Miranda Germano, do Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Várzea Grande, Célio Santos, do subsecretário de Serviços Públicos, do vereador Mauro da Saúde, da vice presidente do bairro, Claidi Ribeiro e dos coordenadores do projeto Lagoa do Jacaré, professores Rafael de Paes Pedrollo, Ibraim Fantin-Cruz e Selma Nunes, além de técnicos dessas secretarias municipais e alunos da UFMT e da escola estadual José Leite de Moraes que participam do projeto.


No encontro, foi inicialmente retomado o diálogo lembrando as pautas da última reunião, entre essas o cercamento da lagoa. Foi apresentado o resultado preliminar de uma pesquisa desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente e pela UFMT, com os moradores do entorno da Lagoa do Jacaré, quanto à opinião sobre o cercamento do local.

O resultado apontou que todos os 53 moradores entrevistados até então (que representam cerca de 70% do total de entrevistas), são a favor do cercamento. Em seguida, foi explicado como será este cercamento e que ainda não está definida a data da obra, devido à necessidade de licitação. Os moradores presentes também concordaram com o cercamento, entretanto demostraram a preocupação sobre a não continuidade do projeto Lagoa do Jacaré após o cercamento. O Secretario de Meio Ambiente ressaltou que o projeto continuará com as ações previstas. A promotora esclareceu que o cercamento será no entorno de toda a lagoa, deixando apenas o espaço das casas, e que estas não terão a garantia da continuidade no local, mas que se for necessária a retirada, isso não ocorrerá de forma brusca e os moradores que querem saber se estão em área de risco, poderão procurar este esclarecimento entrando em contato.


A coordenador do projeto de Intervenção Urbanística e professor da UFMT, Rafael de Paes Pedrollo, falou sobre o andamento dos projetos de engenharia (desassoreamento da lagoa, esgoto e drenagem), esclareceu sobre as pesquisas que estão sendo realizadas, sobre a necessidade de estudos topográficos e que terão dados para apresentar para a comunidade dentro de 3 a 4 meses. O estudante da UFMT Matheus falou do resultado da qualidade da água da lagoa do Jacaré e sobre o risco à saúde que a água contaminada pode trazer aos moradores, principalmente os que sofrem com alagamentos.

Foi lembrado ainda sobre os problemas com a dengue e da pesquisa realizada o ano anterior dos focos de larvas do mosquito transmissor da dengue, de forma a alertar os moradores do risco causado pelo lixo e da importância dos sapos neste controle, considerando que os sapos foram vistos como ameaças por alguns moradores. Um estudante, representante da escola José Leite, falou da importância de um trabalho junto com a comunidade para a transformação do lugar, a professora Selma falou da participação das escolas no projeto e da visita que alunos e professores da escola fizeram ao Pantanal, mostrando a conexão da lagoa do Jacaré com a bacia do rio Cuiabá.
Os moradores falaram sobre os problemas enfrentados no dia a dia com o lixo, como a ausência de coleta de lixo, pessoas de outros bairros descartando seus resíduos no local, da falta de iluminação em uma das margens da Lagoa, onde estávamos reunidos, sobre o aumento do fluxo de carro do outro lado da lagoa (lado do jardim das mulheres) e da necessidade de uma fiscalização ou quebra mola para evitar riscos de acidentes no local.


Foram destacados os prazos para que todos os projetos em elaboração pela UFMT e o cercamento se concretizem em obras, o que pode demorar até dois anos, e da necessidade de ações imediatas, que já tragam melhorias na qualidade de vida dos moradores. A promotora Michele se comprometeu em verificar a respeito de uma fiscalização ou quebra mola que melhore o trânsito do lado asfaltado da lagoa. Houve ainda um diálogo sobre a melhoria da qualidade ambiental do espaço onde foi realizada a reunião, considerando que foram retirados do local mais de 30 caminhões de resíduos e que poderíamos aproveitar o momento para dar uma função social a este espaço, transformando em um jardim ou em um local de descanso e lazer.

Ficou combinado que o Secretário de Meio Ambiente e equipe irão verificar a possibilidade de terraplanar o local e retirar os resíduos ainda presentes. O morador Joel ficou de coordenar a parte dessa melhoria e a técnica Selma, da equipe da secretaria, irá ajudar os moradores na melhoraria do local.